HISTÓRIA DO CCPT

Por Irineu Nunes

No início do ano de 1963, o Sr. Jean Nicolas Kinsch, então gerente da Trefilaria, numa de suas idas à Monlevade, pediu-me que quando fosse transferido para Belo Horizonte (Cidade Industrial), procurasse fundar alguma associação que integrasse os empregados. Segundo ele, havia naquela época rivalidade entre os empregados transferidos e o pessoal já existente naquela unidade.

Em agosto de 1964, aconteceu a minha transferência e a partir de então passei a ser cobrado algumas vezes sobre a fundação da associação. Em setembro de 1966, percorri a fábrica com um "bloco de comunicação interna", convidando os empregados a fazerem parte de um Clube de Caça e Pesca que pretendíamos fundar.

Nessas andanças dentro da fábrica, encontrei o Sr. Shillings e ao comentar sobre a idéia, este foi imediatamente comunicar ao Sr. Kinsch que eu estava fundando um CCPT.
Ao ser chamado na gerência expus a idéia, dizendo que a mesma tinha tudo para dar certo devido à grande aceitação.

Quase que como uma "Ordem de Serviço", O Sr. Kinsch solicitou que fosse agendada uma reunião o mais breve possível.

No dia 25 de setembro de 1966, com a presença (coincidentemente) de 25 pessoas, foi fundado o clube com o nome de Clube de Caça e Pesca Trefilaria. Todos ali presentes foram enumerados de 01 a 25 e considerados sócios fundadores.

Os primeiros presidentes foram:

• Dr. Getúlio de Melo e Silva
• Sr. José Xavier Nunes
• Sr. Joseph Wollscheid
• Sr. Irineu Nunes
• Sr. Dermy Gomes de Souza
• Sr. Alfredo Domingos de Meira.

A sede campestre

No ano de 1967, não sei precisar a data, saíram para uma caçada de perdizes na região de Paracatú, os senhores Jean Nicolas Kinsch, Joseph Wilmes, Ernest Schillings e Dr. Getúlio, utilizando uma van. No retorno da viagem, na saída da ponte sobre o Córrego do Bagre, a van capotou ferindo com certa gravidade o Sr. Kinsch. Ao chegar ao local uma pessoa da região, esta se prontificou a socorrer as vítimas, levando-as para Curvelo onde o Sr. Kinsch ficou internado sendo transferido posteriormente para o hospital Sarah Kubistchek. Recuperado e já de volta ao trabalho, o Sr. Kinsch voltou a Felixlândia, com o propósito de agradecer aquela pessoa que os socorreu, já que também o sr. Wilmes havia se ferido.

Quando então souberam que se tratava de um grande fazendeiro de nome Virgílio Cordeiro e que possuía um imenso terreno nas margens da represa de Três Marias. Durante a conversa, o Sr. Kinsch comentou sobre a fundação do CCPT. Imediatamente o Sr. Virgílio o convidou a conhecer o terreno, oferecendo-o como doação. Como referência e para marcação, mandou que o cercasse de "grota a grota". Este seria o local onde está hoje a nossa majestosa e linda sede campestre, orgulho de todos nós sócios e com esse mesmo orgulho, digo que é uma das "meninas de meus olhos".

Partimos então para o local o Sr. Wollscheid, mais doze pessoas que se encontravam de férias e eu, levando estacas de candeia, arame farpado, cimento, a planta para a fundação e base para a casa nº 1, que foi pré montada totalmente em madeira. Ficamos durante 15 dias para cercar o terreno e concluir a base. Posteriormente foram levados os painéis e montada a casa com acompanhamento do sr. Wollscheid.

A casa tinha 02 quartos grandes, cozinha toda em telhas de amianto e a pia que hoje é o tanque existente no mesmo local. Os sanitários eram localizados atrás da casa, como também era a cisterna.
E foi assim que "nasceu" o nosso muito querido Clube de Caça e Pesca Trefilaria que hoje, por força da lei que acertadamente proíbe a caça, teve a sua razão social alterada para Clube Campestre de Pesca Trefilaria.

Peço desculpas por não citar os nomes de todos os ex-presidentes pois, passados 38 anos não me lembro a seqüência na presidência, apesar de me lembrar os seus nomes.